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A OMS agrupou a hipertensão pulmonar no ano de 1973. Inicialmente, ela foi agrupada em duas: forma primária e secundária de hipertensão pulmonar. Se a causa da doença for conhecida é referida como hipertensão pulmonar primária e se for desconhecida, é referida como secundária e às vezes é denominada hipertensão pulmonar idiopática.
Qual é a classificação de hipertensão pulmonar da OMS?
Mas hoje, a classificação da hipertensão pulmonar da OMS estendeu-se a 5 grupos, para destacar a importância da causa fundamental da doença. A cada poucos anos, os especialistas na área de hipertensão pulmonar reúnem-se e atualizam as diretrizes no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento da hipertensão pulmonar. Essa classificação auxilia no combate à doença e é utilizada para diversos fins, principalmente por pesquisadores, enfermeiros e médicos no tratamento dos pacientes.
Os cinco principais grupos são classificados de acordo com a Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) e a Sociedade Respiratória Europeia (ERS) e são descritos abaixo:
- Grupo I da OMS – Hipertensão Arterial Pulmonar
- Grupo II da OMS – Hipertensão Pulmonar em relação à cardiopatia esquerda
- Grupo III da OMS – Hipertensão Pulmonar em relação com doença pulmonar.
- Grupo IV da OMS – Hipertensão Pulmonar associada a coágulos sanguíneos no pulmão.
- Grupo V da OMS – Hipertensão Pulmonar associada ao sangue e outras doenças raras
Grupo I – Hipertensão Arterial Pulmonar
O Grupo I está associado ao estreitamento dos vasos sanguíneos pulmonares. A causa da doença é desconhecida, por isso é chamada de idiopática. Esta é uma doença genética grave que pode ser transmitida aos descendentes. Certos medicamentos e doenças como condição imunocomprometida (infecção pelo HIV), problemas cardíacos, pressão arterial elevada, anemia falciforme, infecção parasitária e doença do tecido conjuntivo podem causar hipertensão pulmonar. Às vezes, distúrbios raros como hemangiomatose capilar pulmonar e hipertensão pulmonar persistente em recém-nascidos também podem ser responsáveis pelo grupo I. Eles não respondem ao tratamento e o transplante de órgãos é a melhor escolha.
Grupo II – Hipertensão Pulmonar Decorrente de Disfunção Cardíaca Esquerda
O Grupo II é uma forma crônica de doença associada ao lado esquerdo do coração. Algumas das mudanças incluem:
- Alteração na função sistólica do VE, ou seja, células cardíacas incapazes de bombear o sangue com sucesso
- Alteração na função diastólica do VE – Refere-se às células do coração incapazes de permitir que sangue suficiente flua para dentro.
- Alteração na função da válvula – É uma doença denominada “válvula com vazamento”, caracterizada por danos nas válvulas esquerdas do coração.
- Doença Cardíaca Congênita (DCC).
- Pacientes do Grupo II, principalmente, com doença valvar frequentemente tratada por cirurgia e substituição da válvula é necessária.
Grupo III – Hipertensão Pulmonar em Relação à Doença Pulmonar
O grupo 3 são as consequências de diversas doenças pulmonares. Às vezes, a falta de oxigênio no corpo (hipóxia crônica) também desencadeia esse grupo. O tratamento para pacientes do grupo III visa melhorar a função pulmonar, restaurar a respiração normal do sono e evitar grandes altitudes. Exemplos de doenças pulmonares são
- DPOC
- Doença pulmonar intersticial
- Doenças pulmonares restritivas e obstrutivas mistas
- Problemas respiratórios ao dormir
- Distúrbio de hipoventilação alveolar
- Exposição prolongada a grandes altitudes
- Disfunção do desenvolvimento.
Grupo IV- Hipertensão Pulmonar Associada a Coágulos Sanguíneos no Pulmão
É causada por coágulos sanguíneos nos pulmões e raramente referida como hipertensão pulmonar tromboembólica crônica. Alguns dos exemplos de coágulo sanguíneo nos pulmões/obstrução pulmonar são
- Tumores dentro dos vasos sanguíneos, como Angiossarcoma
- Inflamação das artérias
- Estenose da artéria pulmonar da forma congênita
- Hidatidose
Grupo V-PH associada a doenças sanguíneas e outras doenças raras
São as categorias que não se enquadram no primeiro grupo IV. Alguns dos exemplos de doenças do grupo V são
- Anemia hemolítica crônica e outras doenças do sangue
- Condições médicas como sarcoidose, neurofibromatose e vasculite
- Condições fisiológicas como doença de armazenamento de glicogênio e distúrbios da tireoide
- Outras doenças como mediastinite fibrosante, disfunção renal crônica e hipertensão pulmonar segmentar.
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