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O priapismo é definido como doença da ereção peniana que se caracteriza pelo seu prolongamento e pela ausência de estimulação ou excitação sexual. Geralmente ocorre com um lapso de mais de 6 horas e normalmente envolve apenas os corpos cavernosos, resultando na ereção dorsal do pênis com glândula flácida e pênis ventral.
Alguns pesquisadores citaram o tempo como critério para identificar esse distúrbio, definiram um intervalo de 4 horas, com base na experiência clínica que mostrou que um lapso maior a este associa graves consequências à função sexual.
Classicamente esse distúrbio tem sido dividido em dois tipos, muito diferentes entre si, com mecanismos fisiopatológicos distintos e tratamentos distintos. Existem 2 tipos de priapismo: isquêmico ou veno-oclusivo e não isquêmico ou arterial. A primeira representa a forma de apresentação mais comum e é mais grave, enquanto a não isquêmica não representa urgência urológica.
O que pode causar priapismo?
As causas do priapismo podem ser primárias, secundárias ou idiopáticas. O priapismo de etiologia primária não vem acompanhado de distúrbio orgânico responsável pela ereção prolongada, portanto neste caso estão indicadas causas físicas e psicológicas. A secundária é induzida por fatores que afetam direta ou indiretamente a ereção peniana, por exemplo: anemia falciforme, leucemia, coagulopatias e trombose de corpos cavernosos, entre outros.
Por outro lado, o priapismo de baixo fluxo está associado a uma diminuição acentuada da drenagem venosa dos corpos cavernosos. Geralmente é devido a uma obstrução parcial ou total na drenagem que impede a entrada de sangue arterial e gera acidose e isquemia. É a forma mais comum de apresentação e comporta-se como uma síndrome compartimental com aumento excessivo de pressão nos corpos cavernosos.
No priapismo de baixo fluxo ou veia oclusiva, o espectro de sintomas e sinais é análogo ao de qualquer um daqueles que apresentam síndrome compartimental.
No priapismo de alto fluxo, os corpos cavernosos não são completamente rígidos ou doloridos.
Conclusão
O priapismo representa uma doença rara, com incidência relativamente baixa na população em geral. No entanto, o reconhecimento precoce desta doença é de grande importância, uma vez que se constatou que as consequências fatais para a vida sexual do paciente aumentam quanto mais prolongada a apresentação clínica e mais tardio o tratamento.
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