Neuralgia genitofemoral: tipos, causas, sintomas, sinais, tratamento, investigações

A neuralgia do nervo genitofemoral é uma síndrome dolorosa comum observada tanto em pacientes do sexo feminino quanto do masculino. A dor é observada na parte inferior do abdômen, principalmente unilateral, muito raramente bilateral. A dor pode ser referida na virilha (ao longo do ramo genital) e na parte interna da coxa (ao longo do ramo femoral). A dor às vezes é intensa com extensão da região lombar ou palpação da virilha sobre a região inguinal. A causa mais comum de dor é o nervo pinçado no canal inguinal após a correção da hérnia inguinal. O nervo genitofemoral origina-se no segmento espinhal da medula espinhal L1 e L2. O nervo se divide em ramos genital e femoral no ligamento inguinal.

A neuralgia genitofemoral é uma das causas mais comuns de dor abdominal inferior e pélvica observada na prática clínica. A neuralgia genitofemoral pode ser causada pela compressão ou lesão do nervo genitofemoral em qualquer lugar ao longo de seu trajeto.

Classificação da Neuralgia Genitofemoral

  1. Dor aguda há menos de 3 meses, principalmente dor nociceptiva
  2. Dor crônica por mais de 3 a 6 meses, principalmente dor neuropática

Classificação e Tipos de Dor Aguda:

A dor é classificada em:

  1. Dor nociceptiva.
  2. Dor Neuropática.

Sintomas comuns de neuralgia genitofemoral

  1. Os sintomas comuns da lesão nervosa envolvem o ramo genital e femoral.
  2. A dor do ramo genital se espalha para o escroto nos homens e para os grandes lábios nas mulheres.
  3. A dor do ramo femoral na parte interna da coxa nunca se espalha abaixo da articulação do joelho.

Fisiopatologia da Neuralgia Genitofemoral

É um nervo misto, mas consiste em fibras sensoriais predominantes. É o segmento L1 e L2 da medula espinhal. Ele passa pelo músculo psoas distal aos forames L1 e L2. Encontra-se no 1/3 superior do músculo psoas. Ele perfura os músculos e fica anteriormente sobre 1/3 inferior dos músculos psoas. O nervo distal é colocado entre o ureter e o músculo psoas. Divide-se em ramo genital e femoral logo acima do ligamento inguinal. O ramo genital passa para o canal inguinal no homem e para o ligamento redondo do útero na mulher. Ramo femoral acompanha a artéria ilíaca externa. Situa-se lateralmente à artéria femoral, abaixo do ligamento inguinal. O reflexo de Cremaster envolve os nervos aferentes e eferentes do nervo genitofemoral. A dor do nervo genitofemoral é referida ao longo da distribuição anatômica do ramo genital e femoral.

A dor pode se espalhar ao longo do ramo femoral ou genital, ou ambos, dependendo da localização anatômica da lesão. Se o nervo fosse pinçado proximal à divisão do nervo, a dor seria referida ao ramo genital e femoral. A lesão do nervo genitofemoral após a divisão envolve o ramo genital ou femoral. Os sintomas significam a localização anatômica da lesão.

Causas da neuralgia genitofemoral

  • Ferida :
    1. Lesão na virilha: corte, laceração, abrasão.
    2. Canal inguinal: lesões contundentes, entorse do ligamento inguinal.
    3. Acidente traseiro inferior:lesão de chicotada, objeto de levantamento de lesões de trabalho.
  • Canal espinhal:Estenose transformacional, tumor paravertebral ou metástase causando estenose foraminal como L1 e L2.
  • Abscesso do Psoas:causa pressão no nervo genitofemoral.
  • Tumor ou Abscesso Pélvico:causa pressão no nervo.
  • Cirurgia:Dor após correção de hérnia inguinal, tecido cicatricial comprimindo nervo.

Sintomas e sinais de neuralgia genitofemoral

Dor crônica intratável

Intensidade

  • Leve (pontuação 1 a 3 de 10) – estenose foraminal, lesão do nervo comprimido no canal inguinal
  • Moderado (pontuação 4 a 6 de 10) – estenose foraminal, lesão do nervo pinçado no canal inguinal, abscesso do psoas e massa pélvica
  • Grave (pontuação 7 a 10 de 10) – estenose foraminal, tecido cicatricial do canal inguinal comprimindo o nervo, abscesso do psoas, tumor da pelve pressionando o nervo.

Localização Anatômica

  • Lesão antes da divisão: dor referida ao longo do ramo femoral e genital do nervo genitofemoral; Virilha, escroto, parte interna da coxa.
  • Lesão Ramo genital:
    • Masculino: Dor ao longo do escroto e virilha.
    • Mulher: Dor ao longo da virilha e líbia majora
    • Lesão Ramo femoral: virilha e pele medial da coxa, a dor nunca se refere abaixo do joelho.
    • Caráter: Dor aguda, ardente, penetrante, incisional sobre o canal inguinal,
    • Parestesia: Na parte inferior do abdômen e na parte interna da coxa
    • Dormência: abdômen inferior, dermátomo inguinal, escroto ou parte interna da pele da coxa, grandes lábios nas mulheres
    • Extensão da coluna: A dor é pior, tração no nervo
    • Flexão da coluna: A dor é menos intensa, posição do esquiador, o paciente prefere esta posição
    • Fraqueza da parede abdominal anterior

Dor após cirurgia de hérnia inguinal:

  • Dor nociceptiva
  • Temporário e dura até a ferida cicatrizar.
  • A necessidade de analgésicos é maior durante os primeiros dias
  • Tecido cicatricial causando dor nervosa crônica e neuropática.

Tolerância à dor

Tolerância à dor:

  • Poderia ser inferior ou superior. Mudança de comportamento de dor
  • Diminuir a tolerância à dor – a recuperação será lenta, a dor pode tornar-se neuropática crónica.
  • Aumente a tolerância à dor – a recuperação pode ser mais rápida. O endurecimento do trabalho e a terapia ocupacional podem mudar o comportamento da dor. Ganho Secundário – o paciente manterá uma intensidade intensa e contínua de dor

Ganho Secundário:

  • Causada por: Simpatia familiar e atenção extra de familiares próximos; Invalidez remunerada por não ir trabalhar. Comportamento externo – promovido por benefícios adicionais do empregador ou das famílias.
  • Sintomas substancialmente exagerados.
  • A dor aguda torna-se dor crônica intensa no devido tempo
  • De origem psicológica – os pacientes podem não reconhecer esses sintomas, não agir deliberadamente. Parte psicológica inconsciente dos sintomas e não fingimento.
  • O reconhecimento e eliminação precoces são melhores e a recuperação é mais rápida.

Ganho Primário

  • Motivação: Motivações internas positivas.
  • Atitude: Sinta-se melhor logo
  • Retomar atividades normais: sensação de melhora ao retomar as atividades normais ganho primário.
  • Prognóstico-Recuperação: O indivíduo pode não se recuperar 100% em um curto período de tempo.
  • Terapia ocupacional e endurecimento do trabalho – devem ser considerados mais cedo se houver suspeita de ganho secundário.
  • Aprovação ou negação – pelo pagador terceirizado e pela seguradora determinará o curso do tratamento e o prognóstico.
  • Comprometimento funcional – se for inferior a 30 a 40%, o paciente poderá ser incentivado a voltar ao trabalho com restrições de trabalho. Retornar ao trabalho e realizar trabalhos restritos contribui para a reabilitação e o endurecimento do trabalho. O ambiente familiar do trabalho ajuda a reduzir o trauma psicológico e aumenta a confiança para melhorar o desempenho.
  • Aceitação para retomar o trabalho – O empregador não pode permitir a retomada do trabalho com restrições.

Meta: Recupere-se o mais rápido possível e volte às atividades quase normais. Dor aguda Após 3 a 4 meses – a recuperação pode ser lenta, sendo necessário tratamento adicional. Efeitos colaterais: a medicamentos e tratamento intervencionista – atrasa a recuperação.

Tratamento para neuralgia genitofemoral

1. Medicamentos para neuralgia genitofemoral

Medicamentos iniciais para neuralgia genitofemoral

  1. Tylenol – paracetamol.
  2. Antiinflamatórios não esteróides (AINEs)por exemplo, Motrin (Advil) naproxeno (Aleve).
  3. Tópico (spray ou pomada anestésico local).
  4. Corticosteróides em dosagem menor.

Medicamentos posteriores para neuralgia genitofemoral

  1. Opioides – tramadol, vicodina, oxicodona, morfina.
  2. Antidepressivos – Antidepressivos tricíclicos, Cymbalta.
  3. Anticonvulsivantes – Neurontin, Lyrica.

2. Tratamento alternativo para neuralgia genitofemoral

  • Estimulação tátil – unidades TENS
  • Pacote frio
  • Acupuntura
  • Fisioterapia
  • Terapia Intervencionista – Bloqueio do Nervo Genitofemoral Injeção de ponto de gatilho crionerve ablação do nervo G-F
  • Psicoterapia – casos de compensação de trabalhadores ajudam a eliminar ganhos secundários
  • Técnicas de relaxamento, como respiração profunda
  • Biofeedback
  • Terapia a Laser de Baixa Intensidade (LILT)

Investigações para Neuralgia Genitofemoral

  • Exame de sangue:descarta infecção, abscesso.
  • Raio X:exclui luxação de articulação, fratura de ossos.
  • Tomografia computadorizada e ressonância magnética:Exclui fratura, luxação, obstrução intestinal.
  • Ultrassom:descarta obstrução, cálculos, patologia intra-abdominal.
  • Varredura óssea:descarta artrite, SDCR (síndrome da dor regional crônica).