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Você pode ficar surpreso ao saber que a ansiedade é um dos problemas de saúde mental mais comuns no mundo. Em média, uma em cada quatro pessoas sofre de ansiedade e ataques de pânico em algum momento da vida. Um dos maiores mitos é que ataques de pânico ou transtornos de ansiedade são bastante raros. Não só isso, mas existem muitos mitos em torno dos ataques de pânico. Esses mitos muitas vezes criam um estigma em torno dessa condição e impedem os pacientes de procurar ajuda. É por isso que é tão importante conhecer a realidade de um ataque de pânico. Qual é realmente a sensação de um ataque de pânico? Hoje tentamos separar o mito da realidade.
Qual é a sensação de um ataque de pânico: separando o mito da realidade
Mito 1: Todos sofrem dos mesmos sintomas de ataque de pânico
A realidade é que cada pessoa vivencia um ataque de pânico de maneira diferente. Depende muito da experiência individual. Alguns dos sintomas comuns de um ataque de pânico podem incluir:
- Coração acelerado
- Falta de ar
- Sentindo-se inseguro
- Sentir-se fora de controle ou perder o controle sobre uma situação
- Náusea
- Tontura
- Dor no peito ou constrição no peito
Além destes sintomas comuns, existem muitos outros sintomas e é possível que todas as pessoas experimentem alguns dos sintomas acima mencionados, ou não sintam nenhum deles.
Enquanto para alguns um ataque de pânico pode começar com o rosto vermelho e uma onda de calor, outros podem sentir medo intenso, chorar sem motivo ou aumento da frequência cardíaca.
Mito 2: Ataque de pânico pode fazer você desmaiar
A realidade é que o desmaio só acontece quando há queda da pressão arterial, e isso não ocorre quando você sofre um ataque de pânico.
Você pode sentir um aumento acentuado na frequência cardíaca quando um ataque de pânico é desencadeado. Isso também causa um aumento na pressão arterial. No entanto, isso indica definitivamente que você não desmaiará durante um ataque de pânico.
Mito 3: As pessoas muitas vezes dramatizam e reagem exageradamente a um ataque de pânico
A realidade é que as pessoas não têm controle sobre os ataques de pânico. Ninguém sabe exatamente o que causa os ataques de pânico. Geralmente são causados por problemas de saúde mental, eventos estressantes ou alguma mudança indesejada na vida de alguém.
Os ataques de pânico não são apenas involuntários, mas também ocorrem sem qualquer aviso prévio. E são extremamente desconfortáveis para quem está passando por eles.
Pessoas que sofrem ataques de pânico não procuram chamar a atenção. Na verdade, é mais do que provável que estejam sofrendo internamente de vergonha e sentimentos de estigma. A maioria das pessoas odeia ter ataques de pânico em público ou na frente de outras pessoas.
É por isso que, em vez de dizer a uma pessoa para se acalmar quando ela está tendo um ataque de pânico, é melhor perguntar o que você pode fazer para apoiá-la e o que ela precisa para se sentir melhor.
Mito 4: Evitar o estresse pode impedir os ataques de pânico
A realidade é que evitar uma situação estressante é quase impossível. A própria descrição da vida hoje é estressante. Embora evitar o estresse seja uma boa maneira de diminuir a ansiedade, essa não é uma tarefa fácil de conseguir.
Situações inesperadas podem surgir a qualquer momento e ocorrem sem aviso prévio. Embora nem todas as situações estressantes desencadeiem um ataque de pânico, haverá algumas situações que causarão ansiedade e levarão a um ataque de pânico em algumas pessoas.
É por isso que é importante identificar o que desencadeia seus ataques de pânico e evitá-los tanto quanto possível.
Mito 5: Respirar em um saco de papel ajudará
A realidade é que nem todo mundo que tem um ataque de pânico começa a hiperventilar e a carregar um saco de papel para respirar. Além disso, se uma pessoa for forçada a carregar sempre um saco de papel, é provável que isso aumente a sua ansiedade.
Para aqueles que hiperventilam ao sofrer um ataque de pânico, carregar um saco de papel pode fazer com que se sintam seguros de que possuem um plano de contingência em vigor, caso sintam pânico. Serve como um tipo de comportamento de segurança e pode ser útil.
Porém, nem todo mundo que tem ataques de pânico anda carregando um saco de papel e nem todo mundo hiperventila.
Mito 6: Pessoas que sofrem um ataque de pânico precisam de ajuda médica
A realidade é que as pessoas que sofrem um ataque de pânico não precisam de ajuda médica. Entenda que eles não correm nenhum perigo imediato. Para as pessoas que estão ao seu redor, é importante manter a calma e tentar tranquilizar a pessoa que está sofrendo o ataque de pânico.
As pessoas que estão acostumadas a ter ataques de pânico muitas vezes sabem a diferença entre quando precisam de ajuda médica, por exemplo, se estão tendo um ataque cardíaco, ou quando é um ataque de pânico normal.
Com o passar do tempo, as pessoas melhoram em lidar com ataques de pânico e muitas vezes descobrem uma maneira de impedi-los. Eles também têm um plano de ação planejado quando começam a sentir um ataque de pânico se aproximando.
Mito 7: Pessoas que têm transtornos mentais só têm ataques de pânico
A realidade é que qualquer pessoa pode sofrer um ataque de pânico. Isso não significa que todos tenham transtorno mental. Embora uma condição mental subjacente aumente o risco de sofrer ataques de pânico, não há garantia de que uma pessoa que não tenha nenhuma condição mental não possa sofrer um ataque de pânico.
Pessoas que correm maior risco de sofrer múltiplos ataques de pânico têm um diagnóstico de:
- TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada)
- TEPT (transtorno de estresse pós-traumático)
- Síndrome do pânico
Isto não quer dizer que as pessoas que não cumprem estes critérios não estejam em risco. Sofrer algum evento traumático ou não dormir bem, nutrição adequada, falta de água podem aumentar o risco de ataques de pânico.
Conclusão
Se você conhece alguém que tem ataques de pânico, é melhor ter uma ideia geral de como é ter um ataque de pânico e como é. Aprender como apoiar essa pessoa e compreender sua situação o ajudará a lidar com uma situação estressante quando alguém sofre um ataque de pânico. É por isso que é tão importante saber o que é real e o que é mito.
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