O que acontece se o priapismo não for tratado?

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O priapismo é uma condição médica caracterizada pela ereção prolongada e indesejada do pênis. A ereção não é causada por nenhuma forma de excitação sexual e pode ser extremamente dolorosa para o indivíduo afetado.

O priapismo arterial é causado porque o sangue não consegue sair do pênis, enquanto o priapismo venoso ocorre devido ao fluxo sanguíneo excessivo para o pênis como resultado de uma lesão no pênis, causando danos a uma artéria.

O que acontece se o priapismo não for tratado?

O priapismo é considerado uma emergência médica que deve receber tratamento adequado por um médico qualificado. O prognóstico para o paciente melhora desde que seja tratado adequadamente e a tempo. No entanto, se um paciente negar receber tratamento, esperando que o tratamento desapareça por si só, podem ocorrer danos permanentes ao órgão genital masculino.

Pacientes com essa condição devem procurar atendimento médico imediatamente, principalmente se a ereção durar mais de 4 horas. É fundamental determinar o tipo de priapismo (isquêmico ou não isquêmico) porque o tratamento para cada um deles é diferente, conforme explicado a seguir:

Priapismo Isquêmico

-Aspiração. O tratamento de emergência inclui a aspiração de sangue dos corpos cavernosos do pênis com anestesia local por meio de uma agulha. Este tratamento acalma a dor do priapismo, limpa os tecidos do sangue desoxigenado e, assim, reduz a ereção indesejada. O tratamento pode ser repetido até o final da ereção.

-Injeção intracavernosa. Se o procedimento de aspiração não for suficiente, são feitas injeções de fenilefrina nos tecidos do pênis. O medicamento estreita os vasos sanguíneos que fornecem sangue ao pênis, restringindo assim o excesso de fluxo sanguíneo na área. Isso abre os vasos que transportam o sangue do pênis, diminuindo assim o acúmulo de sangue no pênis. O tratamento pode ser repetido até que os resultados ideais sejam obtidos. É necessário ter cautela ao tratar o priapismo através deste método de tratamento, pois pode haver certos efeitos colaterais, especialmente em hipertensos ou pessoas com problemas cardiovasculares.

-Derivação Cirúrgica. Se todas as abordagens conservadoras não produzirem resultados, o médico poderá optar pela implantação de um shunt no pênis, que fornecerá uma passagem para o sangue vazar da área e restaurar o fluxo sanguíneo normal.

Pessoas com uma doença chamada anemia falciforme que têm priapismo precisam receber suplementos de oxigênio e fluidos intravenosos para manter a hidratação.

Priapismo não isquêmico

O priapismo não isquêmico tende a ser uma condição autolimitada que nem sempre requer tratamento. A observação é a abordagem adotada pelos médicos nos casos em que não há perigo iminente para o funcionamento do pênis. Aplicar gelo e pressão na área perene é bom o suficiente para diminuir a ereção indesejada.

A cirurgia pode ser necessária em alguns casos em que implantes absorvíveis podem ser inseridos para bloquear temporariamente o fluxo de sangue até o momento em que o implante é absorvido pelo corpo. A cirurgia também pode ser necessária para tratar qualquer tecido ou artéria danificado como resultado de alguma lesão na área peniana.

Prognóstico

Complicações

O priapismo isquêmico pode levar a complicações potencialmente graves. O sangue preso na área peniana torna-se deficiente em oxigênio, o que tende a causar danos significativos aos tecidos. Quando a ereção dura mais de 4 horas, o sangue desoxigenado começa a coagular (trombose peniana) e danificar ou destruir os tecidos do pênis. Em última análise, o priapismo não tratado pode causar:

-DE ou impotência, a incapacidade do pênis de ficar ereto com a excitação sexual.

-Desfiguração do pênis.

Em casos graves,gangrenapode ocorrer morte dos tecidos penianos e, no pior dos casos, pode ser necessária castração ou penectomia (remoção cirúrgica do pênis).

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